Gênero e debates interseccionais
Ateliê destinado a reunir estudos que produzam questionamentos das categorias naturalizadas e modelos hegemônicos a partir do atravessamento das interseccionalidades e dos marcadores sociais da diferença como gênero, sexualidade, raça, etnia, classe, sexualidade, geração, deficiência, migração, entre outros. Partimos da perspectiva de que tais marcadores são construções sociais, históricas, discursivas e/ou performativas cujos efeitos podem ser percebidos e marcados nos corpos. São, portanto, bem-vindas perspectivas históricas, sociológicas, educacionais, antropológicas, filosóficas que reivindiquem a centralidade do corpo na produção do conhecimento com base nas teorias feministas, teoria queer, teoria crip, teorias de gênero, feminismos negro e descolonial. Nos estudos de gênero, a categoria “mulher”, no singular, serviu por muito tempo ao projeto de um grupo social específico que acabou por excluir todas as mulheres que não sejam brancas, burguesas, heterossexuais. Dessa forma, esse AP busca trabalhos que evidenciem as diversas experiências de mulheres apagadas no feminismo hegemônico, destacando a importância de pensar nos feminismos de forma plural, assim como as mais distintas maneiras de vivenciar enquanto mulheres.